Considerando-se as desordens (...) que a imprensa já causou (...), julgando-se o (...) progresso que o mal faz dia a dia, pode-se prever (...) que (...) não tardarão a (...) banir essa arte (...) dos seus Estados (...) - Rousseau. Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público (...) como ela mesma - Joseph Pulitzer. Chomsky diz que "A propaganda representa para a democracia, aquilo que o cassetete significa para um estado totalitário.”
quinta-feira, 11 de março de 2021
Afinal, o que é o "deus mercado"? Entenda o que Lula quis dizer em seu discurso | Reconta Aí
Afinal, o que é o "deus mercado"? Entenda o que Lula quis dizer em seu discurso | Reconta Aí: Em coletiva realizada na manhã de hoje, Lula falou sobre o "deus mercado" e do perigo de o país ficar refém do mercado financeiro.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Importantíssimo assunto para os dias atuais, inclusive porque o Lula em seu discurso antecipou a guerra que o “mercado’ empreenderá contra ele e depois contra o seu governo, mostrando que o “mercado” é uma abstração. O suposto mercado é isolado de fatores que comumente lhe estão relacionados na realidade. Esta abstração é citada de forma explícita pelo empresário, engenheiro, palestrante, escritor, dramaturgo, apresentador e ex-banqueiro de investimentos, Eduardo Moreira, em seu Instagram. O Lula disse que o “mercado “nunca chegou ao seu governo como pessoa física ou jurídica e para exemplificar contou um fato ocorrido no seu governo, quando o presidente internacional do Banco Santander ao visitá-lo declarou apoio ao governo, mesmo com o tal “mercado” declarando-se oposição ao governo com frequentes ameaças e críticas. O MERCADO não é pessoa física e não é pessoa jurídica. Portanto, o MERCADO não existe. Não se pode esquecer que cientificamente os “mercados” são meros objetos de estudo, com a ressalva permanente de que o estudo só é verdade apenas se "todo o mais é constante" ou "mantidas inalteradas todas as outras coisas". O mercado é uma verdadeira abstração até mesmo científica, que serve tão-somente para permitir a formação de teoria econômica. Porém, quando o termo mercado é usado na economia aplicada deve ser tratado como abstração para que as decisões não sejam equivocadas, como ocorrem no Brasil, por não acionarem as teorias como orientação científica, e sim, como elemento determinante e “real”, apesar de ser uma abstração. Até mesmo na engenharia, que é exata, se aplica a teoria considerando a conjuntura e se faz a adequação aos fatos reais. Não pode ser diferente em economia. Os fenômenos econômicos não são inertes ou estáticos. O “mercado” enfatizado pela mídia tem o único objetivo de induzir a opinião pública e manipular a política econômico do governo em benefício dos ricos. Quando a mídia e os ideólogos falam de mercado têm como finalidade construir uma narrativa que interessa a quem fala ou a quem paga para a mídia falar; de modo que a narrativa chegue ao cidadão e ao governo, como chantagem. O tal “mercado” não interessa a economia e nem ao sistema financeiro real. Esta é uma prática antiga no mudo todo. Vem desde a Lei conhecida como Lei de Say, que diz: "a oferta cria sua própria demanda", difundida em Cambridge antes de 1936. Todos os economistas sabem que sem manipulação esta lei não é verdadeira. Em outras palavras o mercado não se guia por teorias ou princípios científicos e sim pela manipulação de fatos para a conquistas de maiores lucros sempre, mesmo que para isto sacrifique vidas e democracias. Não podemos esquecer que o mercado é uma abstração, ou seja, analisa isoladamente um aspecto, contido num todo, sem ter em consideração sua relação com a realidade. Acreditar na existência do mercado é o mesmo que acreditar na existência de Papai Noel.
ResponderExcluir