Considerando-se as desordens (...) que a imprensa já causou (...), julgando-se o (...) progresso que o mal faz dia a dia, pode-se prever (...) que (...) não tardarão a (...) banir essa arte (...) dos seus Estados (...) - Rousseau. Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público (...) como ela mesma - Joseph Pulitzer. Chomsky diz que "A propaganda representa para a democracia, aquilo que o cassetete significa para um estado totalitário.”
quarta-feira, 23 de setembro de 2020
É difícil ser comentarista econômico no Brasil? - YouTube
É difícil ser comentarista econômico no Brasil? - YouTube: É possível falar de política e economia de uma maneira leve e com humor? É! Conversamos com o economista e professor do MBA USP/Esalq, Marcelo Godoi ♥
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Não é difícil entender que comentarista econômico é usado pela mídia para ser um simples animador do noticiário econômico, porque frequentemente o analista não tem, por princípio, as informações e estudos necessários para realizar uma análise técnica ou científica. Chuta uma opinião e espera que agrade quem escuta. Mesmo que o analista tenha conhecimento técnico não há tempo nem condições técnicas para fazer análise, que requer pelo menos pesquisa histórica. Quando alegam que fizeram estudos é apenas para esconder a falta de informações; uma vez que, estudos e pesquisas exigem tempo de meses ou anos para que se possa chegar a uma conclusão com base científica. Considerando, as deficiências do ensino no Brasil e a falta de qualificação e de trabalho empírico desses analistas pode-se afirmar que as análises são fundamentadas em chutes para agradar o jornalista e a empresa a que pertence. Assim o economista ou como diz o jornalismo midiático “o especialista” consegue os seus 15 minutos de fama e mantem uma exposição midiática que favorece a vaidade do “analista” como “personalidade pública”, alimentando o seu ego. É claro que isto só acontece porque a ética profissional, dificilmente, é respeitada e a presunção supera os conhecimentos científicos, isto quando o analista não passa de um curioso do mercado financeiro. Com isso, ocorrem distorções sobre o conhecimento científico e surgem verdades absurdas e conflitantes com o fato científico do tipo: “As despesas do governo geram o déficit público”. Parece que todos os governos são irresponsáveis e incompetentes. Qualquer proprietário de quitanda é capaz de perceber que esta afirmação é errada, basta comparar com a sua realidade. Quando a quitanda gera déficit não é por causa das despesas do proprietário responsável e competente, mesmo que tenha despesas elevadas para abastecer a quitanda, ocorre o déficit pela falta de vendas que resulta em receita insuficiente para manter o negócio lucrativo. Fato que pode ser pela falta de habilidade do vendedor ou por culpa externa como desemprego, por exemplo, que estão fora do controle do proprietário e não tem nada que ele possa fazer. Esta falta de resultado positivo nas vendas é a causa do déficit da quitanda e não as despesas do proprietário. Porém, a justificativa mais fácil serve para transferir culpa: a prática é afirmar que as despesas do proprietário são culpadas pelo déficit. Nenhum contador ou economista irá dizer para quem o contratou que a culpa é da falta de habilidade do proprietário em vender para dar lucro ao seu negócio. O mesmo acontece com o governo: é mais fácil os gestores públicos pôr a culpa nas despesas públicas do que reconhecer a falta de habilidade e conhecimento da equipe econômica para realizar uma política econômica capaz de dar resultado positivo que não permita a ocorrência de déficit nas contas públicas. Não existe déficit antes de contabilizar a receita, portanto é a falta de receita positiva que determina o déficit. Logo, é a política econômica que não produz crescimento responsável pelo déficit. Dizer que a despesa é culpada pelo déficit reflete ignorância, má-fé ou analfabetismo funcional. Não façam festa ou acreditem nos animadores do noticiário econômico porque prejudica a sociedade. Mesmo que esses analistas sejam chamados de economistas ou de especialistas não acreditem neles porque não sabem o que dizem por falta de estudos ou conhecimento. Acreditem apenas no resultado quando for positivo ou negativo porque as justificativas convêm apenas aos que erram na política econômica ineficiente e ineficaz e aos analistas desinformados ou apressados.
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