Considerando-se as desordens (...) que a imprensa já causou (...), julgando-se o (...) progresso que o mal faz dia a dia, pode-se prever (...) que (...) não tardarão a (...) banir essa arte (...) dos seus Estados (...) - Rousseau. Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público (...) como ela mesma - Joseph Pulitzer. Chomsky diz que "A propaganda representa para a democracia, aquilo que o cassetete significa para um estado totalitário.”
O RECIFE E SEUS DESCAMINHOS HISTÓRICOS
ResponderExcluirÉ fundamental manter o Recife no caminho do sucesso!
Não podemos retroceder e por o Recife nos caminhos da tentação e do sinistro!
Quem leu ou ler a Formação Econômica do Brasil de Celso Furtado percebeu ou entende que Pernambuco e Recife trilharam caminhos tortuosos desde a descoberta do Brasil, seguindo as lideranças de Minas Gerais, até 1981. Este foi o caminho da miséria de Pernambuco, Recife e do Nordeste, promovendo a nossa subserviência política e cultural e o enriquecimento do sul e sudeste. Não podemos ignorar quem nos tirou da escravidão regional. Não podemos retroceder em nome da ilusão e de promessas sonhadoras, irreais.
Ao escrever sobre a gestação da economia cafeeira Celso Furtado descreve: “(...)A cidade do Rio representava o principal mercado de consumo do país e os hábitos se haviam transformado substancialmente a partir da chegada da corte portuguesa. O abastecimento desse mercado passou a constituir a principal atividade econômica dos núcleos de população rural que se haviam localizado no sul da província de Minas como reflexo da expansão da mineração. O comércio de gêneros e de animais para o transporte desses constituía nessa parte do país a base de uma atividade econômica de certa importância, e deram origem à formação de um grupo de empresários comerciais locais. (...)Na época de formação da classe dirigente açucareira , as atividades comerciais eram monopólio de grupos situados em Portugal ou na Holanda. As fases produtiva e comercial estavam rigorosamente isoladas, carecendo os homens que dirigiam a produção de qualquer perspectiva de conjunto da economia açucareira. As decisões fundamentais eram todas tomadas da fase comercial. Assim isolados, os homens que dirigiam a produção não puderam desenvolver ema consciência clara de seus próprios interesses. Com o tempo, foram perdendo sua verdadeira função econômica, e as tarefas diretivas passaram a constituir simples rotina executada por feitores e outros empregados. Compreende-se, portanto, que os antigos empresários hajam evoluído numa classe de rentistas ociosos, (...), cuja expressão final será o patriarca bonachão que tanto espaço ocupa nos ensaios dos sociólogos nordestinos do século xx.”
Não devemos e não podemos repetir os fatos históricos que tanto mal trouxe aos povos nordestinos e, em especial, aos pernambucanos, recifenses, que integravam o conjunto de capitanias mais desenvolvidas do novo mundo.