Considerando-se as desordens (...) que a imprensa já causou (...), julgando-se o (...) progresso que o mal faz dia a dia, pode-se prever (...) que (...) não tardarão a (...) banir essa arte (...) dos seus Estados (...) - Rousseau. Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público (...) como ela mesma - Joseph Pulitzer. Chomsky diz que "A propaganda representa para a democracia, aquilo que o cassetete significa para um estado totalitário.”
Senhores,
ResponderExcluirO despreparo profissional no Brasil é um câncer que vem matando a capacidade do país se desenvolver a cinco séculos, enquanto os EUA com praticamente a mesma idade é uma potência desde a primeira metade do século vinte.
Há também um risco incontrolável mesmo para grandes nações imaginem para o Brasil, quando “Os usurpadores conduzem ou escolhem sempre esses tempos de perturbações para fazerem passar, graças ao espanto público, leis destruidoras que o povo não adotaria jamais em situação normal. A escolha do momento da instituição é um dos caracteres mais seguros pelos quais se pode distinguir a obra do legislador da obra do tirano”, Cesare Beccaria.
O perigo está na deturpação das leis em nome da justiça, como está ocorrendo no julgamento denominado pela “comunidade jurídica” de mensalão. Avaliando o discurso da acusação é possível perceber que neste caso “O espírito de uma lei seria, pois, o resultado da boa ou má lógica de um juiz, de uma digestão fácil ou penosa, da fraqueza do acusado, da violência das paixões do magistrado, de suas relações com o ofendido, enfim, de todas as pequenas causas que mudam as aparências e desnaturam os objetos no espírito inconstante do homem”, Cesare Beccaria.
Não há nada mais perigoso para uma sociedade do que uma acusação que se baseia exclusivamente em depoimentos suspeitos ou obtidos sob a promessa de benefícios, torturas ou ameaças e suposições para condenar um réu. A pena de morte seria um risco menor a injustiça e ao abuso do Poder do que a prepotência para julgar e condenar sem regras claras e respeitadas pelos acusadores e defensores.
“Felizes as nações (se há algumas) que não esperaram que revoluções lentas e vicissitudes incertas fizessem do excesso do mal uma orientação para o bem, e que, mediante leis sábias apressaram a passagem de um para o outro. Como é digno de todo o reconhecimento do gênero humano o filósofo que, do fundo do seu retiro obscuro e desprezado, teve a coragem de lançar na sociedade as primeiras sementes por tanto tempo infrutíferas das verdades úteis!”, Cesare Beccaria.
É evidente que não há um só aristocrata preso no Brasil, como acreditar que se possa fazer justiça no Brasil. Fossem os réus oriundos da aristocracia e este julgamento jamais ocorreria. Mesmo porque o crime apresentado é prática comum desde que o Brasil é Brasil, sendo do conhecimento de todos e desconsiderado pelo Poder judiciário competente sob a alegação de que precisava ser provocada para poder agir.
“Os nossos costumes e as nossas leis retardatárias estão bem longe das luzes dos povos. Ainda estamos dominados pelos preconceitos bárbaros que nos legaram os nossos avós, os bárbaros caçadores do Norte”, Cesare Beccaria.
“Enquanto o texto das leis não for um livro familiar, uma espécie de catecismo, enquanto for escrito numa língua morta e ignorada do povo, e enquanto forem solenemente conservado como misteriosos, o cidadão, que não puder julgar por si mesmo as conseqüências que devem ter os seus próprios atos sobre a sua liberdade e sobre os seus bens, ficará na dependência de um pequeno número de homens depositórios e interpretes das leis”, Cesare Beccaria.